quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Opinião -> Perguntem a Sarah Gross | Dia Internacional da Lembrança do Holocausto

Como sabem, hoje é o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. Como tal, que dia melhor do que este para finalmente publicar a minha opinião daquele livro que ADOREI e que considerei ser um dos melhores livros que li em 2015? A qual andei a arrastar, em parte porque ainda o estava a digerir, e posteriormente devido ao cansaço extremo que não me deixava escrever nada conciso.

Esta opinião está também disponível no blog Crónicas de Uma Leitora, basta clicarem aqui. Passem por lá, deixem o vosso feedback e sigam o blogue. 

Então, aqui vai.

 
Título Original: Perguntem a Sarah Gross
Autor: João Pinto Coelho
Editora: Dom Quixote
Sinopse: Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador.
Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.
Rigoroso, imaginativo e profundamente cinematográfico, com diálogos magistrais e personagens inesquecíveis, Perguntem a Sarah Gross é um romance trepidante que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da História. A obra foi finalista do prémio LeYa em 2014.

A minha opinião:
Quando decidi ler este livro em Setembro fui, como na maior parte das vezes, às escuras, movida apenas pelo burburinho que tanto andava a causar pelo universo da internet, nomeadamente em blogs, facebook e goodreads. Como em tudo na vida, não gosto de me ficar apenas pela opinião dos outros e, como tal, tive de ler para ter a minha própria opinião fundamentada.

De início estava um pouco reticente porque a narrativa se estava a desenrolar de um modo um pouco arrastado e eu sem perceber o porquê de tanto falatório. Expectativas my dears, a culpa era toda das expectativas e, quando o percebi, refreei-as e comecei a apreciar mais a leitura.

Tenho que começar por destacar a escrita de João Pinto Coelho, que só muito a custo acreditei tratar-se de um estreante, tal é a sua complexidade e riqueza. Os detalhes retratados ao pormenor, as analepses recorrentes e que resultaram tão bem (embora não sejam novidade neste género literário), onde tão depressa estamos em 1968 em Nova Inglaterra, como de seguida estamos a viver o período pré e durante Segunda Guerra Mundial. Está tudo tão bem descrito e pormenorizado que nos sentimos lá. Percebe-se a profundidade da investigação que esteve por detrás do livro, de tal modo que damos por nós a acreditar que também nós lá estivemos e que sim, sem sombra de dúvida tudo se passou tal como nos é contado.

E quanto ao enredo, ai o enredo... Como já referi, começa de forma lenta mas, sabem que mais, não poderia ser de outra forma. Leva-nos gradualmente ao cerne da questão, a querer saber sempre mais acerca da extremamente enigmática, mas profundamente carismática, Sarah Gross. Rimos, suspiramos e choramos com o que "ela" tem para nos contar. Envolvemos-nos de tal maneira que damos por nós numa bola de neve, onde cada pormenor que nos é revelado nos leva a querer mais e mais e cada vez nos prende mais e assim nos deixa rendidos.

Já o desenrolar da ação, este por várias vezes dá-nos um murro no estômago pois não vai na direção que suspeitamos. Principalmente aquele final (não, não vou spoilar, don't worry). Bolas! Que final! Em momento algum sugeriu ir naquele sentido, apanhando-nos completamente desprevenidos. Como, quando, onde é que aquilo se deu? Foram as questões que preencheram o meu cérebro durante dias e que até hoje ainda não consigo responder. Mas posso dizer que foi perfeito e que foi de génio, afinal levou-nos o tempo inteiro numa direção, para terminar abruptamente noutra (damn!).

Quem diria que aqui iria encontrar de tudo, história, ação, suspense, romance...É um livro sem dúvida completo, que se enquadra em variados gostos literários.

Bem, acho que não me vou estender mais...

Por fim, resta-me reforçar o que em inúmeros comentários e opiniões já foi dito. Este livro tem MESMO que ser traduzido no maior número de línguas possível! 

Não vou dizer se devia ou não ter vencido o prémio Leya pois, por um lado não faço parte do júri, e por outro,  não li o livro vencedor (que confesso que não o tenho sequer na wishlist) portanto seria presunção da minha parte fazer tal afirmação. Apenas posso dizer que, à sua maneira, este acabou por ser o grande vencedor e fico feliz por isso. 

Por tudo isto e por mais que não consigo exprimir, merece as 5* !


*****

Ah! Aproveito para vos recomendar a leitura deste artigo sobre o autor e o livro, enjoy!

I'm back!


Estou oficialmente de férias da faculdade, as quais se estendem até 15 de Fevereiro Yeiiii!

Este semestre foi sofrido e pela primeira vez ever fiz uma direta para estudar/fazer um trabalho. Juro que nunca  pensei conseguir fazê-lo, mas é como se diz, o que tem que ser tem muita força, e eu sou a prova disso. Se tem! Mas os esforços compensaram e acabei o semestre com média de 17 o  que foi algo assim muito insane.

Agora que estou uns dias livre, vou aproveitar para bloggar mais e atualizar-me sobre o que se passou nos vossos cantinhos.

Quero agradecer a vossa presença, mesmo eu estando ausente. Não estava à espera e foi algo que me deixou muito muito feliz, acreditem.

Pronto, agora que deixei o meu lado mais lamechas vir ao de cima, vamos ao que interessa. Sai já, já uma opinião!

Ate já*

domingo, 3 de janeiro de 2016

Citação - Janeiro

"We all have our time machines, don't we. Those that take us back are memories...And those that carry us forward, are dreams."  

sábado, 2 de janeiro de 2016

Ano Novo, Desafios Novos...

... ou então não!

É oficial, não só sou uma desgraça no que concerne a resoluções de ano novo, como também sou uma desgraça no que respeita a desafios!

Não cheguei nem a metade dos desafios a que me propus para 2015, apenas cumpri um, o do Goodreads, onde me tinha proposto a ler dois livros por mês e acabei por ler um total de 28 livros nesse ano. Nada mau, foi o ano em que li mais, em muito graças ao meu menino lindo e maravilhoso, o Mr. Kobo, que me acompanha para todo o lado.  

Portanto para este novo ano, e apesar da tentação, o único desafio a que me vou propor é o de ler 30 livros. 

E as únicas resoluções são as de ler mais e bloggar mais! (Já vos disse como sou uma desgraça com resoluções não já?).

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Balanço de 2015

Ano Novo, Vida Nova, assim se diz.

E chega a altura de fazer o balanço literário do ano que passou.

Foram 28 livros, uns melhores, outros piores, uns académicos, outros puramente lúdicos, romances, fantasia, científicos, históricos, YA... houve de tudo um pouco nestas meras (que para mim foram muitas, talvez mesmo o ano em que mais li) quase três dezenas.

Na sua generalidade o ano foi bastante positivo e repleto de excelentes leituras.

Relativamente aos melhores livros que li foram, indubitavelmente, Perguntem a Sarah Gross; Uma Praça em Antuérpia (yap, gosto de históricos); Admirável Mundo Novo e, num estilo mais suave, Eleanor & Park.
 
No entanto, e num registo diferente, não posso deixar de salientar duas releituras de livros que simplesmente ADORO: A saga Harry Potter (por questões óbvias) e a trilogia Seven Waters (Juliet Marillier, you rock).

Quanto aos piores livros... o ano não começou da melhor forma, com A Minha Segunda Vida, tudo bem que ia com as expectativas elevadas (depois do grande sucesso de Os Filhos da Droga, quem não?), mas o livro é mesmo, mesmo fraquinho. Li ainda o Obsessão, de Maya Banks, baahh detestei mesmo, o pior (ok, não gosto sequer do género, mas ainda assim dei o benefício da dúvida), e para finalizar o top 3, deixo ainda o Duas Irmãs, Um Duque. Fraquinho, com partes com as quais não concordei, mas ainda assim, como sou uma pessoa muito generosa nas notas que dou, lá levou 3 estrelas.

Estou ainda a ler A Game of Thrones, há 2/3 meses, insane, mas a faculdade este ano está a ser muuiiitooo exigente que tive que deixar leituras e blog de lado (mas nem tudo é mau, ganhei novamente o prémio de mérito e fui a melhor aluna do meu curso weee vale a pena o esforço).

Quanto a 2016 espero conseguir ler mais e com tantas ou mais leituras excelentes (estou num momento de pura loucura a pensar reler os últimos 3 livros de HP... mas acho que deve ser momentâneo). 

UM FELIZ ANO NOVO PARA VOCÊS!!!

Bloggem muito e leiam ainda mais :D