“Bran thought about it 'Can a man still be brave if he's afraid?' 'That's the only time a man can be brave' his father told him.”
A Game of Thrones
“Bran thought about it 'Can a man still be brave if he's afraid?' 'That's the only time a man can be brave' his father told him.”
Deste modo iniciei a leitura com as expectativas baixas, com a certeza de que ia ler mais do mesmo, cliché atrás de cliché.
E não podia estar mais enganada! Luize Valente sabe prender-nos como ninguém. Lança-nos uma "bomba" logo ao início do livro que, se não fosse a sua capacidade brilhante de captar o leitor, teria tudo para correr mal pois ficamos, desde logo, a saber qual será o desfecho da história.
É portanto um livro impossível de largar pois nós estamos lá, estamos a viver aquele momento, todas as dores, todos os medos, todos os esforços inimagináveis, nós estamos a vivê-los. E foi assim que Luize Valente me deixou acordada noite fora, com apenas 3 horas dormidas, mas por um final que valeu por tudo!
“At some point, you just pull off the Band-Aid and it hurts, but then it's over and you're relieved.”Looking for Alaska
“Nada. Não sinto nada. Nem borboletas no estômago, nem arrepios, nada. Não senti nada tal como das outras vezes. Estou danificada. Não importa quantos rapazes eu beije, nunca vou sentir nada. Ele acabou comigo de vez. Ele tirou tudo de mim.” – Emily Miller
E é aqui que surgem umas quantas peripécias e reviravoltas. Nada de inesperado e surpreendente, é um facto, mas a escrita de Julia Quinn é simplesmente maravilhosa e prende-nos do princípio ao fim, fazendo-nos querer mais e mais.Mais uma vez saliento o seu recurso ao humor, que neste livro se encontra ainda mais acentuado. Adorei! Dei por mim a dar várias gargalhadas, o que não é muito frequente acontecer. O meu Homme Trivial já olhava para mim de lado e dizia "já nem vou perguntar mais nada".
" Benedict Bridgerton, que se entregava a um hábito que a mãe detestava - equilibrar o cadeirão nas duas pernas de trás - caiu.
Colin Bridgerton engasgou-se.
Felizmente para Colin, Benedict recompôs-se a tempo de lhe dar uma sonora palmada nas costas e fazer com que uma azeitona verde voasse até ao outro lado da mesa.
Quase acertava na orelha de Anthony."
"Miss Sheffield tapou a mão com a boca" (?!?).
Voltando ao enredo, Kate e Anthony formam um dos meus casais literários preferidos! E fiquei muito fã de Anthony após uma atitude tão cavalheiresca que teve num baile dado pela sua mãe - Bem feita Cressida.
Apesar de ter sentido falta da complexidade e profundidade características da autora, no que requer à criação de um mundo mágico está uma vez mais de parabéns pois consegue fazê-lo como (quase) ninguém.
Decidi fazer uma surpresa a quem participou e assim em vez de um vencedor como era suposto inicialmente, são dois os vencedores.
“Ah, Harry, how often this happens, even between the best of friends! Each of us believes that what he has to say is much more important than anything the other might have to contribute!”
Ela demonstrou ser uma personagem manipuladora, que tudo faz para alcançar o que quer, mesmo que para isso tenha que mentir, jogar baixo e fazer-se de coitadinha (e pronto atirem lá as pedras).
Leiam porque vale os 5 minutos que perdem a lê-lo.
Acho esta edição linda, adoro a capa e a sobrecapa e, para mais, está a um preço excelente.