terça-feira, 14 de abril de 2015

Opinião -> A Culpa é das Estrelas


Título Original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Editora: Edições ASA
Sinopse: Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita. PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.

A minha opinião

Este livro foi lido no mês passado, mas como ando sem inspiração para escrever opiniões realmente o plágio é bem mais fácil estas têm andado paradas.

Foi daqueles casos em que vi o filme primeiro (vi em Novembro de 2014) e gostei tanto que pensei 'eu tenho mesmo que ler isto!', afinal, se gostei tanto do filme, tenho tudo para adorar o livro. Em Março surgiu a oportunidade de o ler e assim fiz.

Posso começar por dizer que, para mim, o melhor do livro é a escrita de John Green. Fiquei simplesmente maravilhada e com vontade de ler mais livros deste autor. Embora esta seja uma história que trata um tema muito sensível - o cancro - o autor fá-lo de forma nua e crua, sem espaço para "lamechices" nem sentimentos de pena ou de "coitadismos". As páginas são repletas de humor, um humor perspicaz e a roçar o negro gosto, que nos faz soltar imensas gargalhadas.

Adoro a construção das personagens, a sua personalidade, força, aceitação da realidade, afastando toda e qualquer vitimização, tentando fazer a vida de forma tão normal quanto o facto de o cancro estar presente permite. 
Este livro é uma grande lição sobre a vida e a morte, fazendo-nos reflectir. 
Para quem pensa que é uma história triste de jovens com cancro que se apaixonam - coitadinhos - não podia estar mais enganado. Muito longe disso!
Hazel Grace é uma jovem de 16 anos, com um humor ácido e muita ironia à mistura, é paciente terminal de cancro há 3, e cujos pulmões estão a falhar - ela diz mesmo que os pulmões dela falham a ser pulmões - e por isso tem que estar sempre com um tanque de oxigénio atrás e dormir com um BIPAP, e que, embora o tratamento esteja a fazer efeito, sabe que a qualquer momento pode morrer, autodenominando-se como sendo uma granada. Apesar de já ter aceite o seu destino, o que mais lhe custa é fazer sofrer as pessoas de quem gosta e que gostam dela, tal como os pais, daí a sua relutância em conhecer pessoas novas. No entanto, é uma adolescente tão normal quanto as suas limitações lhe permitem. Gosta de ler, o seu livro preferido é Uma Aflição Imperial de Peter Van Houten e passa os serões a ver America Next Top Model.
Augustus Waters (Gus) é um rapaz carismático de 17 anos, inteligente e muito metafórico, ex-jogador de basquete e que tem uma perna amputada devido a uma dura luta contra osteossarcoma, que adora videojogos e cujo grande medo é o de ser esquecido. 
Conhecem-se no grupo de apoio que Hazel frequenta forçada pela mãe, e onde Gus apenas vai a pedido do seu grande amigo Isaac (o qual fica cego devido ao cancro). A partir desse momento cresce uma forte amizade entre eles, principalmente devido ao livro preferido de Hazel, o qual tem 651 páginas e acaba a meio de uma frase, deixando-os com um sentimento de falta algo aqui, quero saber mais. E nisto fazem os possíveis por contactar o autor, que vive em Amesterdão, em busca de respostas - o qual se revela uma desilusão.

Entretanto, a partir da viagem a Amesterdão, o livro dá uma inesperada reviravolta, começando a parte da lágrima no canto do olho que se prolonga até à torneira aberta que não quer mais parar.

Confesso que chorei muito mais com o filme do que com o livro, talvez pelo facto de já saber tudo o que ia acontecer. Mas aquela carta no final acaba sempre comigo.

O filme é muito mas muito fiel ao livro, o que é raro acontecer. Quando estava a ler imaginava-os tal como no filme, foi muito bem conseguido. Apesar disso acho que é daqueles livros que merecem ser lidos e relidos.

Este leva 5 estrelas.
*****

8 comentários:

  1. Adorei a boca do plágio muahahahahahh

    O final foi mesmo o que mais me surpreendeu, tenho que confessar xD Esperava uma morte, mas não aquela morte

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  2. Depois de uma semana tão animada, não poderia deixar passar ;)

    Quanto ao final... também não esperava, que reviravolta!

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  3. Acreditas que ainda não li o livro? apenas por teimosia porque disse que preferia ler primeiro outras obras do autor (manias) mas mesmo assim é uma leitura que pretendo fazer. Apenas vi o filme e gostei. Não estava à espera da reviravolta no final.

    Beijinhos

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  4. Olá,
    Gostei da tua opinião, deu para perceber que gostaste realmente do livro. :)
    Eu confesso que já vi o filme, mas ainda estou naquele impasse em que não sei se devo ou não arriscar ler o livro. Tenho receio que seja demasiado lamechas, - se bem que na tua opinião afirmas que isso não acontece - ou de simplesmente não gostar tanto quanto gostei do filme, se bem que este me surpreendeu imenso com aquele rumo tão inesperado.
    Beijinhos.

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  5. Li este livro o ano passado, e confesso que ultimamente tenho tido vontade de o reler. Adorei tanto o filme como o livro, e chorei baba e ranho nos dois (apesar de ter sido pior com o livro). Do autor, só li mais um : À procura de Alaska, e infelizmente não gostei. No entanto, quero dar uma oportunidade aos que ainda não li.

    Beijinhos*
    Mariana

    http://mixordialiteraria.blogspot.pt

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  6. Oies,

    Nunca li e tenho lido muito comentário algo idêntico, logo tenho mesmo que ler, pois deve ser um grande exemplo de coragem :)

    Bjs e boas leituras

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  7. Olá,
    Realmente o livro é bom. Bastante emocionante mas com personagens fortes e um final que nos deixa a chorar.
    Adorei o livro e estou a ver que tu também.
    Beijinhos

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